segunda-feira, 16 de novembro de 2015

DICA DE LEITURA DO DIA

     O livro de hoje é Zoo Loco de María Elena Walsh, que , muito bem traduzido no Brasil por Gláucia de Souza, foi criativamente ilustrado pela Ângela Lago e publicado pela Editora Projeto.Único livro de María Elena Walsh traduzido em português, Zoo Louco foi lançado em 2011. A autora argentina faleceu antes de ver o livro pronto, mas chegou a revisar a edição.

          Zoo Loco foi publicado na Argentina pela primeira vez em 1964,pela Luis Fariña Editor, com ilustrações de Ruth Varsavsky, e foi reeditado inúmeras vezes até hoje. Pela editorial Sudamericana (Buenos Aires, 1970, com ilustrações do também argentino Pedro Vilar, foi a edição mais difundida; depois pela Espasa Calpe, em 1996, com ilustrações de Eduardo e Ricardo Fuhrmann; e a que circula atualmente, da Editorial Alfaguara(Buenos Aires, 2000), com ilustrações de Perica (Silvia Jacoboni).

Capa da primeira edição (1964)

 


Edição de 1970






















Composto por 42 poesias do tipo limericks (em espanhol a palavra não foi traduzida), Zoo Loco apresenta uma síntese de elementos que perpassam toda a obra de María Elena Walsh: o nonsense, o absurdo, o disparate, o jogo com a linguagem e o humor daí proveniente.

Os poemas de MEW têm como protagonistas animais que não necessariamente são apresentados no primeiro verso. Ela nos apresenta uma galeria , isto é, um zoológico de animais excêntricos, impossíveis, surrealistas e delirantes.
Com a infância como interlocutora e como desculpa para brincar com as palavras, MEW se permite imaginar loucuras e dizer bobagens. São poemas que se desligam da tirania do sentido e se transformam em brinquedos feitos de palavras. Foi um livro que revolucionou a LIJ argentina no campo da poesia para crianças.


Edição brasileira de 2011

OS LIMERIQUES POR MARÍA ELENA WALSH
“ Os ingleses são pessoas muito sérias, mas muito amantes de dizer disparates. Em inglês se escreveu uma grande poesia, e a seu pé, como os matinhos junto às árvores, florescem umas curiosas histórias em verso que se chamam limeriques.
Ninguém sabe quem inventou o limerique. O certo é que, através dos séculos, parece que muita gente se divertiu enredando, escutando e repetindo esses pequenos contos que se compõem, ninguém sabe por quê, de dois versos longos, dois curtos e um longo.
Em geral contam imensas bobagens, coisas pra lá de sabidas ou mentiras descomunais. (...)
Os limeriques aparecem de repente, como um bicho na ponta do lápis, e começam a correr por conta própria sobre o papel.” 


Assista a LA FOCA LOCA, produzido pela Canal Pakapaka da TV pública argentina. Uma graça!


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